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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Lei de Falências: relatora estabelece mandato para administrador judicial

Deputada Dani Cunha (União-RJ) conclui relatório deste fim de semana e Coluna do Estadão teve acesso aos principais trechos do texto; o projeto tranca a pauta da Câmara a partir da terça-feira, 19

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Atualização:

A relatora do projeto que altera a Lei de Falências, deputada Dani Cunha (União Brasil - RJ), finaliza seu parecer neste fim de semana. A Coluna do Estadão teve acesso aos principais pontos do texto. O cerne da proposta apresentada pelo Ministério da Fazenda será mantido, dando mais poder ao credor. A grande novidade é que o texto estabelece mandato de dois anos para os administradores judiciais e teto salarial.

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O relatório estabelece mandato de dois anos para esses profissionais e diz que, nos dois anos seguintes, eles não poderão ocupar o posto em novo processo de falência no mesmo juízo. Com a medida, os administradores atuais que tiverem passado dos dois anos serão trocados, mesmo com falência em curso.

Outra regra limita os rendimentos do administrador judicial. O parecer determina terá teto salarial equivalente ao dos ministros do Supremo Tribunal Federal. O pagamento de honorários terá o porcentual e a base de referência alterados. Em vez 5% do patrimônio da falência. Esse porcentual cai para 3% sobre o valor dos créditos pagos.

“Queremos moralizar o processo de falência e desburocratizar. Hoje um processo dura vinte, trinta anos com o mesmo administrador judicial. Fica claro que não é um sistema eficaz. Nosso objetivo é encurtar, para desburocratizar e outorgar ao credor seu devido papel”, afirmou a deputada Dani Cunha à Coluna.

O projeto que altera a Lei de Falências passa a trancar a pauta da Câmara dos Deputados, a partir da próxima terça-feira, 19. A proposta foi enviada pelo governo ao Congresso em janeiro e está com regime de urgência.

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A deputada federal Dani Cunha (União Brasil-RJ) em sessão na Câmara Foto: @danicunharia via Instagram

Relatório do projeto sobre Lei de Falência mantém mais poder ao credor

Dani Cunha manterá no seu relatório os dois principais pontos apresentados na proposta do governo: A possibilidade de os credores escolherem um gestor fiduciário para administrar a massa falida, em alternativa à designação de um administrador judicial, e a criação de um plano de falência, que, quando aprovado e homologado, poderá propor várias formas de venda e dispensa aprovação judicial para venda de ativos e pagamento de passivos.

O projeto encaminhado pelo governo não traz mudanças na definição da falência: só ocorrerá após a empresa não pagar as dívidas, mesmo com recuperação judicial, e a venda dos bens será usada para pagar os credores.

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