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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia

Lira: chefe da Receita toca fogo e joga rico contra pobre

Presidente da Câmara reclamou de Robinson Barreirinhas durante jantar com 15 CEOs em Brasília

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Atualização:

Por pouco, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, não pôs a perder as negociações para votação da pauta econômica na Câmara dos Deputados esta semana. Sem meias palavras, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), disse a representantes de setores econômicos: “A fala do Barreirinhas tocou fogo. Ele joga rico contra pobre e faz essa confusão toda”.

Lira fez a reclamação durante um jantar promovido pelo jornal digital Poder360 com Lira e 15 CEOS, na noite dessa segunda-feira, 21, em Brasília. Horas antes, o chefe da Receita tinha publicado vídeo defendendo a taxação de fundos offshore, mas houve e depois apagou a postagem, como revelou o Estadão.

Robinson Barreirinhas e Arthur Lira Foto: Divulgação/Governo | Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara fez questão de destacar o mal estar que existe entre o Legislativo e o Fisco. “O Congresso vota a lei e a Receita regulamenta como quer. Enquanto a Receita Federal puder normatizar do jeito que achar que a lei deve ser aplicada, haverá problemas”, avisou.

A mensagem foi vista como claro aceno aos representantes da Faria Lima e não parou por aí. O presidente da Câmara disse que tem palavra e não faltará na votação dos temas econômicos. Negou que as negociações da reforma ministerial que envolvem espaço para seu partido na Esplanada dos Ministérios possa atrapalhar a pauta de interesse do País.

Lira deixou claro, porém, que os projetos de interesse do governo Lula é a base do governo que tem de se organizar para conseguir votos para cumprir as bandeiras do presidente. Deixou claro, por exemplo, que não há apoio no Congresso para retomar o imposto sindical, pois seria uma mudança na reforma trabalhista de 2017. “No Congresso não passa, não…. A Câmara não retroagirá no que já foi aprovado”, ressaltou.

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O deputado também disse não há qualquer risco sistêmico de mudar o que já foi decidido sobre a privatização da Eletrobrás e sobre o Banco Central.

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