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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Lula chama cinco setores do agro para reunião em momento de alta da inflação de alimentos

Governo nega medidas “excepcionais”, mas diz que espera redução de preços até abril

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Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai chamar representantes de cinco setores da agropecuária, entre eles fruticultura, cafeicultura e pecuária, a partir da próxima semana, para conversas no Palácio do Planalto. O movimento ocorre num momento em que a alta da inflação no grupo alimentação e bebidas nos meses de janeiro e fevereiro preocupa o governo, pois atinge diretamente os mais pobres, o principal eleitorado do petista.

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De acordo com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, o governo federal espera a redução no preço dos alimentos até abril. Como mostrou o Broadcast Político, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirma que não estão no radar medidas “excepcionais”, mas sim ações estruturantes para as próximas safras. Lula já envolveu os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), além do diretor da Conab, Edegar Pretto, nas conversas.

Na esteira da expectativa pela redução do preço dos alimentos, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o governo estuda medidas de estímulo para o novo Plano Safra para aumentar a produção de arroz, feijão, milho, trigo e mandioca. “São medidas estratégicas, não só crédito, como o governo quer lançar contratos de opção”, disse.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

O grupo ‘alimentação e bebidas’ saiu de um aumento de 1,38% em janeiro para alta de 0,95% em fevereiro dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O grupo contribuiu com 0,20 ponto porcentual para a taxa de 0,83% do IPCA do último mês.

Segundo Teixeira, o aumento registrado se deu por questões climáticas, como a alta temperatura registrada na Região Centro-Oeste e as chuvas ocorridas na Região Sul. “Foi um aumento sazonal que a tendência agora é diminuir”, comentou.

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