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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Lula estuda entregar Ministério da Gestão ao Centrão e mexer no comando do Bolsa Família

Nova opção para a reforma ministerial é discutida nesta noite em reunião do presidente com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha

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Atualização:

A cartela de opções à mesa para deflagrar a primeira grande reforma ministerial do terceiro governo Lula ganhou nova possibilidade. Segundo apurou a Coluna, o presidente estuda entregar o Ministério da Gestão ao Centrão - mais precisamente, ao deputado federal André Fufuca (PP-MA). O movimento faria parte do embarque do PP no governo e concederia um dos quatro ministérios da equipe econômica a um partido que apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas últimas eleições.

O presidente Lula, que estuda uma reforma ministerial.  Foto: EFE/Andre Borges

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Nesse desenho, a atual a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, seria transferida para o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). A reforma ministerial é discutida nesta noite de terça-feira por Lula e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, em um encontro reservado no Palácio da Alvorada.

Já o atual ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, deixaria a Esplanada para assumir seu mandato no Senado. Apesar de o ministro ter o apoio da primeira-dama Janja da Silva, que tem influência nas decisões do governo, Lula está insatisfeito com o desempenho do ex-governador do Piauí à frente da Pasta, que comanda a “menina dos olhos” do presidente, o Bolsa Família. O petista resiste a deixar o programa nas mãos do Centrão e, por isso, a solução Dweck, quadro ligado ao PT, é vista como mais adequada.

O Ministério da Gestão é considerado uma opção interessante para o Centrão por controlar uma série de cargos, como a Secretaria de Patrimônio da União, órgão administrador de imóveis do governo federal. Por outro lado, não é um “ministério fim”, com dinheiro para entrega de política públicas e espaço para a recepção de emendas, o que pode levar o Centrão a resistir à oferta.

O antigo Ministério da Economia, do governo Bolsonaro, foi desmembrado por Lula em quatro: Fazenda, com Fernando Haddad; Planejamento, com Simone Tebet; Gestão, com Esther Dweck; e Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, com Geraldo Alckmin.

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