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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Lula tem ponte provisória e tarefa árdua para melhorar relação com evangélicos

Após acomodar Republicanos em ministério, Planalto quer melhorar a relação com bancada evangélica e pastores

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Foto do author Augusto Tenório
Foto do author Roseann Kennedy
Atualização:

O presidente Lula encontrou no deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), futuro presidente da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), seu novo interlocutor entre os evangélicos e o Republicanos, partido do Centrão que vai entrar no governo com a indicação do deputado Silvio Costa Filho (PE). O meio de campo, porém, tem prazo de validade: seis meses.

Esse é o curto período em que Silas Câmara ficará à frente da bancada evangélica, a contar a partir de agosto. No ano que vem, volta ao comando da frente parlamentar o deputado federal Eli Borges (PL-TO), bolsonarista e correligionário do ex-presidente que é rival de Lula.

O futuro presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Silas Câmara (Republicanos-AM). Foto: DIDA SAMPAIO/AGENCIA ESTADO/AE

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O governo vê em Silas a possibilidade de uma ponte com os evangélicos, mas a tarefa é árdua. O próprio deputado já enfrenta forte resistência interna e até recuou de fazer um convite a Lula para participar de um culto da FPE na Câmara dos Deputados, no início de agosto.

Ex-líderes da frente afirmam que 80% do grupo não aceitam alinhamento com o governo. Os parlamentares evangélicos sabem que isso afetará negativamente seu eleitorado e o receio é maior entre quem tem pretensões na corrida municipal de 2024. Dessa forma, não é possível correr o risco de ter a imagem vinculada a Lula, neste momento.

Sendo assim, apurou a Coluna, Silas segue outro caminho e articula uma aproximação do presidente com lideranças evangélicas sem mandato. Ele quer promover encontros esporádicos entre petistas e pastores da ala menos resistente ao governo.

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Em outra frente, o futuro presidente da FPE tenta, segundo interlocutores, apaziguar a bancada religiosa, principalmente do Republicanos, para frear descontentamentos com o embarque de Silvio Costa Filho na Esplanada.

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