O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai confirmar nesta segunda-feira, 13, a suspensão da dívida do Rio Grande do Sul com a União por três anos. O período foi antecipado pela Coluna do Estadão na última quarta-feira, 8. A equipe econômica preferia uma moratória menor, de até dois anos, mas o presidente informou pela manhã, a seus auxiliares mais próximos, que decidiu por um alívio mais prolongado.
Às 15 horas, Lula fará uma reunião virtual com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), para detalhar a suspensão da dívida. Às 17 horas, haverá uma reunião com todos os ministros no Palácio do Planalto para discutir medidas adicionais. A viagem oficial do presidente ao Chile, que estava prevista para os dias 17 e 18 de maio, foi cancelada para concentrar os esforços do governo federal aos gaúchos.
Como antecipou a Coluna do Estadão, a suspensão da dívida por três anos representa um alívio de R$ 10,5 bilhões para o Rio Grande do Sul, Estado devastado pelas enchentes. O valor não impacta a meta fiscal de déficit zero.
Até o momento, segundo o último balanço, o pior desastre climático do Estado já provocou 147 mortes. Ao menos 127 pessoas estão desaparecidas. Entre desalojados e pessoas em abrigos já são mais de 619 mil. Mais de 2,1 milhões de pessoas já foram afetadas pelas chuvas. Ao todo, 76.470 pessoas e 10.814 foram resgatados.
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