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Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Mara Gabrilli anuncia disputa à reeleição no Senado pelo PSD em cenário ‘congestionado’

Xadrez para o Senado dependerá de definições que ainda não foram feitas sobre quem disputará outros cargos, como o de governador e o de presidente da República; esbarra inicialmente no futuro político de Tarcísio de Freitas e nos nomes indicados por Jair Bolsonaro na chapa

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Foto do author Roseann Kennedy
Foto do author Iander Porcella

A senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) anunciou que vai disputar a reeleição em 2026. “Estou certa de que é fundamental dar continuidade ao trabalho que venho realizando. O PSD, sob a liderança de Gilberto Kassab, tem sido um pilar de equilíbrio e inovação na política, e a gestão de Tarcísio de Freitas reforça a necessidade de ações que unam desenvolvimento econômico, justiça social e sustentabilidade”, afirmou à Coluna do Estadão.

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A decisão que ela torna pública dois anos antes das eleições ocorre num cenário “congestionado” e ainda incerto de candidaturas por São Paulo. A composição da chapa na qual Mara deseja concorrer, esbarra hoje em indefinições sobre outros cargos. Um ponto inicial é saber se o ex-presidente Jair Bolsonaro continuará inelegível e se Tarcísio de Freitas tentará continuar no governo de São Paulo ou será alçado ao Planalto. Esse imbróglio mexerá as peças do tabuleiro na disputa ao Senado.

Serão dois assentos em disputa em cada Estado. Além de Gabrilli, o senador Giordano (MDB-SP) também encerrará um período de oito anos no Senado e novos nomes podem do centro-direita vão entrar na corrida.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por exemplo, é cotado para a Casa legislativa, e a avaliação é de que ele teria uma vaga certa. Nesse cenário, sobraria apenas a segunda cadeira. Mas Eduardo também já foi citado como possível “plano B” para o Palácio do Planalto, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro continue inelegível.

Além disso, Bolsonaro quer ter o controle do Senado a partir de 2027 com o objetivo de emparedar o Supremo Tribunal Federal (STF), e, para isso, deve tentar emplacar candidatos mais radicais, já que os senadores têm a prerrogativa de aprovar o impeachment de ministros da Corte.

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Um cenário de maioria bolsonarista no Senado tem preocupado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também deve apostar em candidatos fortes nos Estados.

Nem o próprio presidente do PSD, Gilberto Kassab, definiu ainda que caminho tomará em 2026. O partido faz parte hoje tanto do governo Lula quanto da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos). Interlocutores do dirigente dizem que ele sonha em ser vice de Tarcísio no Estado, mas o governador também é cotado para disputar o Planalto.

Mara Gabrilli (PSD-SP), senadora Foto: Jaciara Aires

“Em um momento em que a democracia exige lideranças comprometidas, acredito na importância de uma voz como a minha na política, que atua com responsabilidade e diálogo em pautas essenciais”, afirmou Gabrilli à Coluna do Estadão. “Meu compromisso é seguir lutando por um país menos desigual, mais forte, inclusivo e democrático”, emendou.

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