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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Marta impõe condições ao PT e deixa apenas um cargo viável para seguir na política; saiba quais

Decisão final da petista deve ser tomada por ela apenas no próximo ano, mas aliados revelaram à Coluna que a ex-senadora não descarta ser vice de Alckmin em uma disputa pelo governo de São Paulo; procurada, ela não quis comentar

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Foto do author Pedro Lima

Passada a ressaca da derrota nas eleições municipais, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy avalia se ainda deve disputar cargos eletivos. Segundo interlocutores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta convencê-la a continuar. Aliados petistas afirmaram à Coluna do Estadão, no entanto, que ela já sinalizou que só aceitaria concorrer como vice de Geraldo Alckmin (PSB) ao governo do Estado, caso ele entre na disputa.

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Isso porque Marta ainda não está totalmente certa de querer seguir na vida pública. A decisão final deve ser tomada apenas no próximo ano. Se continuar, ela impôs a condição de ter um papel que a mantenha no cenário paulista. Diante desse quadro, a única possibilidade ainda não descartada pela ex-senadora é ser vice-governadora de Alckmin. Procurada pela Coluna, Marta não quis comentar as articulações e disse não dar entrevistas à imprensa.

Ser cabeça de chapa em uma disputa para o Executivo estadual está fora dos planos. O cargo exigiria de Marta compromissos fora de São Paulo, como viagens para outros estados e, porventura, outros países – o que não interessa à ex-senadora. O PT, por sua vez, ainda busca um nome de peso para a disputa estadual. Alckmin é uma possibilidade em discussão, já que poderia contar com o apoio de Lula, apesar de não ser filiado ao partido.

Lula chegou a cogitar Marta para uma candidatura petista ao Senado, mas a ideia foi descartada por ser um cargo fora do Estado. A mesma objeção vale para o Legislativo federal. A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) também não estaria nos planos da ex-senadora, segundo aliados. Assim, o posto de vice-governadora segue como a única possibilidade que Marta ainda não fechou.

Na semana passada, Marta participou de uma reunião com integrantes do PT e sua equipe. Fontes da legenda negam que o encontro tenha servido para avançar nessas discussões. Segundo eles, a reunião teve como foco apenas o “alinhamento interno” do corpo técnico da ex-prefeita. As articulações para seu destino eleitoral passarão por conversas diretamente com o presidente Lula, como ocorreu no seu retorno ao partido.

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O presidente Lula reuniu-se com a ex-senadora Marta Suplicy no Palácio do Planalto nesta segunda-feira, 8; Marta é cotada para vice de Boulos Foto: Ricardo Stuckert/PR
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