Representantes do mercado financeiro reagiram com descrédito à campanha de uma ala do PT para indicar André Lara Resende para a presidência do Banco Central, como revelado pela Coluna do Estadão. Apesar de destacarem o respeito à trajetória de um dos mentores do Plano Real, executivos de grandes instituições avaliaram, sob condição de anonimato, que os petistas apenas “colocaram o bode na sala”.
Na avaliação desses agentes, o grupo político mais à esquerda do PT ventilou um economista de perfil heterodoxo para criar uma tensão, marcar posicionamento político, mas depois o governo ter como “apresentar calmaria” com um nome já precificado no mercado, como é o caso do atual diretor de Política Monetária, do BC, Gabriel Galípolo. Eles também consideram que seria um erro o Planalto indicar alguém de fora do Banco Central.
Lara Resende é considerado, atualmente, um expoente da Teoria Monetária Moderna. A MMT, como é identificada na sigla em inglês, considera que os governos podem expandir gastos e emitir o quando quiserem de moeda local para financiar suas dívidas. Para os ortodoxos isso retomaria o risco de hiperinflação.
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