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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Militar indiciado pela PF teve cargo de confiança no Incra no governo Bolsonaro

Aparecido Portela foi indiciado pela PF no inquérito que apura suposta tentativa de golpe de Estado; Portella nega irregularidades

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Foto do author Eduardo Barretto
Atualização:

O militar da reserva Aparecido Portela, indiciado pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira, 11, no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado no País, ocupou um cargo de confiança no governo Bolsonaro. Portela, que também é suplente da senadora Tereza Cristina (PP-MS), nega irregularidades.

Outros dois militares foram indiciados pela PF no inquérito nesta quarta-feira, 11: o coronel reformado Reginaldo Vieira de Abreu e o tenente-coronel da ativa Rodrigo Bezerra de Azevedo.

Jair Bolsonaro e Aparecido Portela Foto: Reprodução

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No governo Bolsonaro, o militar da reserva ocupou um cargo de confiança no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), de 2019 a 2022. Portela ganhou um posto na superintendência do Incra no Mato Grosso do Sul.

Segundo a PF, o tenente Portela foi um intermediário entre Bolsonaro e financiadores de manifestações antidemocráticas em Mato Grosso do Sul. Ainda de acordo com a PF, Portela trocou mensagens com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente que fechou um acordo de delação premiada com a corporação. Ao todo, a PF indiciou 40 pessoas, incluindo Jair Bolsonaro. Cabe à Procuradoria-Geral da República oferecer uma denúncia criminal.

Procurado, Aparecido Portela não respondeu. Em comunicado nas redes sociais no mês passado sobre as investigações da PF, afirmou: “Possuo uma vida pautada na integridade e honestidade, e não coaduno com quaisquer práticas ilícitas e antidemocráticas”.

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Portela passou à reserva do Exército em 2006. Atualmente, recebe um salário de R$ 15,5 mil.

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