O Ministério de Minas e Energia deve pedir nesta terça-feira, 7, que o presidente Lula (PT) vete “jabutis”, trechos estranhos ao tema principal, do projeto de lei que cria o marco regulatório da energia eólica offshore. A manifestação vai na mesma linha da equipe econômica, como mostrou a Coluna do Estadão.
Na tarde desta terça-feira, 7, Lula fará uma reunião no Palácio do Planalto sobre o projeto de lei com Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia; Fernando Haddad, ministro da Fazenda; o vice-presidente Geraldo Alckmin; e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Aprovado pelo Congresso, o projeto foi enviado no último dia 19 à análise de Lula, que pode sancionar ou vetar o texto, integralmente ou em partes. A palavra final será dos parlamentares.
Artigos estranhos à exploração de energia elétrica em alto-mar têm chamado a atenção do setor elétrico, a exemplo de trechos sobre a contratação de usinas a carvão mineral e a gás natural, mais poluentes.
Na semana passada, o presidente recebeu cartas de duas alas do setor elétrico. A que defende o veto aos “jabutis” apontou que a sanção integral gerará um custo anual de R$ 22 bilhões aos consumidores. Já o outro grupo, que quer a aprovação completa do projeto, citou uma economia anual de R$ 3,5 bilhões e usou o apagão nacional de 2023 como um alerta de que o País não pode investir apenas em energia eólica e solar.
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