Após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pedir a sua cabeça, o ministro dos Transportes, Renan Filho, amanheceu com um novo problema, nesta quarta-feira (31). A sua pasta foi uma das mais afetadas pelo contingenciamento (bloqueio preventivo de recursos) do governo no Orçamento. Lira nega ter pedido a demissão do ministro.
Os cortes, detalhados ontem, por meio de decreto, atingiram seis ministérios. Os maiores prejudicados foram as pastas das Cidades, com cerca de R$ 700 milhões, e Transportes, com R$ 600 milhões.
A decisão dos bloqueios foi tomada pela Junta de Execução Orçamentária (JEO), que é formada pelos ministérios da Fazenda, Planejamento, Gestão e Casa Civil.
À Coluna, Renan Filho negou qualquer relação do contingenciamento com o conflito de Alagoas.
Renan diz que seu ministério foi um dos mais atingidos porque é um dos que mais possuem investimento.
“Isso só demonstra que o teto de gastos vigente limita os investimentos. E evidencia a necessidade do arcabouço fiscal, que vai permitir uma legislação exequível que garante investimento público sem perder de vista a sustentabilidade fiscal, declarou o ministro.
Nas redes sociais, Lira negou ter pedido a cabeça de Renan Filho. “É falsa e descabida a informação que pedi ‘a cabeça de ministro’, e muito menos em troca de aprovação de qualquer proposta do Governo”, escreveu o presidente da Câmara.
Tenho agido sempre com respeito aos Poderes.
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