O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira (PT), avisou a interlocutores que não vai ceder ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e manterá Junior Rodrigues do Nascimento no comando da superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Alagoas. Manifestantes invadiram o prédio do órgão nesta segunda-feira, 29, pedindo a demissão do novo dirigente.
Neste mês, Paulo Teixeira exonerou Wilson Lira, primo de Arthur Lira, do cargo de superintende e nomeou interinamente um servidor que agradou ao MST. A demissão repercutiu negativamente na relação do deputado com o governo. O presidente da Câmara chegou a avisar que abriria até cinco CPIs na Casa, o que atrapalharia o andamento de projetos de interesse do Planalto.
A decisão do MDA repercutiu negativamente até entre integrantes do próprio governo, como mostrou a Coluna. Paulo Teixeira, então, recebeu a indicação de Junior Rodrigues para assumir o cargo e contemplar Arthur Lira. A nomeação gerou revolta no movimento sem-terra, o que culminou na ocupação.
Paulo Teixeira avisou a aliados que conversará com as lideranças sem-terra para garantir que, apesar da troca, nenhum programa de interesse do grupo será descontinuado ou deixará de ser devidamente implementado no Estado. Recentemente, o MDA lançou o programa Terra da Gente, que prevê as chamadas prateleiras de terras, com imóveis que seriam disponibilizados para a reforma agrária no país.
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