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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Moro e base de Lula fazem acordo para evitar audiência com Tacla Duran e poupar ministros

O senador abriu mão de chamar o presidente da Apex, Jorge Viana. E seus aliados recuaram em pedidos para ouvir Jader Filho e Rui Costa

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Atualização:

Quem diria. Foi o comentário que ficou pelos corredores do Congresso. O senador Sergio Moro (União-PR) fez um acordo com integrantes da base do governo Lula, na manhã desta quarta, 14, para evitar a realização de uma audiência pública com Tacla Duran e Tony Garcia na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle (CTFC). Ambos denunciaram supostos excessos da Operação Lava Jato, que foi comandada por Moro. O ex-juiz é membro titular do colegiado.

Em troca, Moro abriu mão de outro requerimento, que visava chamar o presidente da Apex, Jorge Viana, para prestar esclarecimentos. A articulação contou com a ajuda de Moro que concordaram em poupar ministros do Governo Lula e evitar convocações.

O senador Sergio Moro, em plenário.  Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado - 06/06/2023

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O senador Eduardo Girão (Novo-CE), por exemplo, aceitou transformar um requerimento de convocação para ouvir o ministro Rui Costa (Casa Civil) em um convite. Ele também retirou de pauta um requerimento para fazer audiência com o ministro das Cidades, Jader Filho, para falar sobre o decreto do saneamento.

Conforme revelado pela Coluna, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), o líder do PSD, Otto Alencar (BA), e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) queriam ouvir Tacla Duran e Tony Garcia para constranger Moro.

Na terça-feira, Moro afirmou à Coluna: “Vamos ver se esse requerimento vai ser apreciado. A gente nunca tem nada a esconder. Mas é um tema fora das atribuições da comissão”.

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Como revelou o Estadão, o presidente da Apex, Jorge Viana, atuou para ganhar passagens de ida e volta ao Acre e priorizou agenda em seu reduto eleitoral. Além disso, chegou a ser afastado do cargo após o Estadão revelar que ele não é fluente em inglês.

Em maio, Viana foi afastado da presidência da agência pela Justiça Federal por não ter fluência em inglês, um requisito antes exigido pela instituição. Uma série de reportagens do Estadão revelou que ele operou junto ao Conselho Deliberativo, para retirar a exigência do idioma do estatuto social do órgão.

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