O Ministério Público (MP) de São Paulo abriu 2.308 inquéritos contra policiais militares do Estado neste ano, uma média de sete investigações por dia. No último mês, a Polícia Militar (PM) paulista vem sendo criticada por causa de uma série de episódios de violência policial.
Cabe ao MP fazer o controle externo da atividade policial. Nesses casos, em um roteiro similar à seara criminal na Justiça comum, o Ministério Público abre apurações iniciais, inquéritos policiais militares e oferece denúncias à Justiça Militar, o que gera um processo criminal.
Até a terça-feira, 10, o MP abriu 2.308 inquéritos e ofereceu 120 denúncias contra policiais militares. A existência de inquéritos em curso já aponta que há indícios concretos de práticas de crimes militares por policiais militares em atividade.
No último mês, um policial militar de São Paulo foi flagrado atirando um homem do alto de uma ponte na capital. Também veio a público um vídeo em que um PM dá um soco no rosto de uma dona de casa em Campinas (SP).
A PM ainda vem sendo criticada pelas mortes de uma criança de 4 anos na Baixada Santista, de um estudante baleado em um hotel da capital, e de um homem atingido nas costas após tentativa de furto de pacotes de sabão em um mercado.
Para o ouvidor das Polícias de São Paulo, Cláudio Aparecido Silva, trata-se da “maior crise de segurança da história do Estado”.