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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia

Novo acusa Lula de terrorismo por verba à agência suspeita de ajudar Hamas e vai à PGR

Partido protocolou notícia crime na Procuradoria Geral da República; presidente anunciou novo aporte de recursos para órgão das Nações Unidas destinado a ações humanitárias de suporte aos refugiados palestinos, acusada por Israel de colaborar com os ataques terroristas

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Atualização:

O Diretório Nacional do partido Novo apresentou uma notícia crime contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Procuradoria Geral da República (PGR). A legenda acusa o presidente de terrorismo ao anunciar novos aportes financeiros para a Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA). O órgão foi acusado governo de Israel de colaboração com o grupo terrorista Hamas.

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“Ao agir dessa forma, o excelentíssimo presidente da República, salvo melhor juízo, incorreu na prática de crime de terrorismo... por oferecer, solicitar e investir para a obtenção de recurso financeiro com a finalidade de financiar a entidade (UNRWA) que teve como atividade secundária, mesmo em caráter eventual, a condição de partícipe na prática dos crimes de terrorismo praticados pelo grupo terrorista Hamas”, afirma na ação a advogada do partido Carolina Sponza.

“Lula decidiu cruzar uma linha muito perigosa ao aumentar as doações para a UNRWA depois de tudo o que foi revelado sobre suas ligações com o Hamas. Ao decidir financiá-los indiretamente com dinheiro público do povo brasileiro, deixa de ser apenas reprovável e passa a ser crime”, disse à Coluna do Estadão o presidente do Novo, Eduardo Ribeiro.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Foto: Wilton Junior/Estadão

Doze funcionários da UNRWA foram acusados pela inteligência israelense de participar dos ataques promovidos pelo Hamas em 7 de outubro. A ONU demitiu funcionários e abriu uma investigação sobre o caso. António Guterres, secretário-geral da ONU, chegou a falar em “infiltração” do Hamas e prometeu agir imediatamente em caso de novas denúncias, mas pediu a retomada das doações.

Diversas nações, entre elas os Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Reino Unido, cortaram os repasses de contribuições milionárias à Agência. Na contramão dessa reação, o presidente Lula prometeu ampliar os repasses.

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“O Brasil exorta a comunidade internacional a manter e reforçar suas contribuições para o bom funcionamento das suas atividades. Meu governo fará aporte adicional de recursos para a agência”, assegurou Lula, conforme discurso divulgado nesta sexta-feira, dia 9, pelo Palácio do Planalto. E na quinta-feira, dia 15, acusou os países ricos de “covardia com palestinos”.