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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Novo Ensino Médio: líder da bancada da educação contraria governo e defende relatório do Senado

Deputado Rafael Brito afirmou à Coluna que não quer atrito, e só espera que o projeto seja votado urgentemente; disse que aguarda a reunião do colégio de líderes para saber o posicionamento da maioria

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Foto do author Augusto Tenório
Atualização:

O líder da bancada da educação, deputado Rafael Brito (MDB-AL), defendeu do relatório do Novo Ensino Médio aprovado pelo Senado durante um seminário no Congresso, nesta semana. A posição chamou atenção porque vai de encontro à liderança do governo na Câmara, que fechou acordo para manter o parecer do deputado Mendonça Filho (União-PE). O texto será novamente votado na Casa.

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“Fiquei muito feliz com o texto aprovado pelo Senado. (...) Sinto que trouxe aprimoramentos que a gente precisa internalizar dentro da Casa (Câmara), discutir, votar e aprovar, para que a gente entregue o ‘Novo’ Novo Ensino Médio para oito milhões de jovens que estudam num modelo que sabem que será substituído”, disse Rafael Brito, em frente à senadora Dorinha Seabra (União-TO) que também participava do evento.

Procurado pela Coluna do Estadão, o deputado explicou que não quer atrito. “Defendo que o Novo Ensino Médio seja votado urgentemente, ou com o relatório da Dorinha ou com o texto da Câmara. O que não pode é essa discussão continuar”. O deputado quer aguardar a próxima reunião de líderes para saber o entendimento da maioria.

O deputado Rafael Brito (MDB-AL). Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados

Como mostrou a Coluna do Estadão, a aprovação de um relatório divergente pelo Senado causou uma crise entre o governo e os deputados que negociaram mudanças na proposta na Câmara.

Para conter a crise, o líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), afirmou publicamente que trabalharia para que o plenário devolvesse o projeto do Novo Ensino Médio ao formato original, que foi acordado por Mendonça Filho e o ministro da Educação, Camilo Santana, após uma série de impasses.

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Se o projeto fosse aprovado sem alterações no Senado, iria direto para a sanção do presidente Lula. Como houve mudança, o texto precisa ser votado novamente na Câmara. A principal alteração foi o aumento da carga horária mínima total destinada à formação geral básica do ensino técnico.

O seminário na Câmara reuniu parlamentares para celebrar os 10 anos do Plano Nacional de Educação (PNE).

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