O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição, e o deputado federal Ricardo Salles (PL), que pleiteava o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para ser o representante da direita na disputa na capital este ano, vão dividir palanque pela primeira vez, no próximo dia 25. A saia-justa ocorrerá justamente no ato convocado por Bolsonaro na Paulista, se o prefeito de fato comparecer. “Faz parte”, brincou Salles.
Na sexta-feira, 16, Nunes afirmou que deve comparecer ao evento. Como mostrou a Coluna do Estadão, nos bastidores do MDB nacional, no entanto, permanece a avaliação de que ele não deveria ir. Embora a convocação seja para um ato pacífico, sem faixas e cartazes contra o Supremo Tribunal Federal e seus ministros, o grupo receia ver apoiadores mais inflamados do ex-presidente entoando mensagens lidas como antidemocráticas. Isso afetaria a imagem do partido que, vale ressaltar, ocupa três ministérios no governo Lula.
Perguntado pela Coluna se a ausência do prefeito geraria um rompimento na aliança para as eleições deste ano, algo que causa temor entre os emedebistas, Bolsonaro foi taxativo: “Com toda certeza ele vai. Mas isso (rompimento) não existe. Não há essa hipótese”, disse o ex-presidente.
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