Contrariando a versão apresentada pelo secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Elias Vaz, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) negou à Coluna ter enviado uma representante para reuniões na pasta com a presença de Luciane Barbosa, conhecida como a “dama do tráfico amazonense”. As audiências com a mulher do “Tio Patinhas”, líder do Comando Vermelho, foram reveladas pelo Estadão.
Após a publicação da reportagem, Vaz divulgou nominata da reunião com Luciane, ocorrida no dia 16 de março. No documento oficial, a secretaria afirma que Marli Pereira Carvalho participou da agenda como representante da OAB. Em posicionamento enviado à Coluna, no entanto, a assessoria de imprensa da OAB afirmou que Marli não representou a Ordem na reunião “e não faz parte de qualquer Comissão da OAB Nacional”.
Como revelou o Estadão, Luciane Barbosa Farias esteve em audiências com dois secretários e dois diretores do ministério de Flávio Dino num período de três meses. A pasta afirma que a “dama do tráfico amazonense” integrou uma comitiva e era “impossível” o setor de inteligência detectar previamente a presença dela.
Luciane é casada há 11 anos com Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, considerado o “criminoso número um” na lista de procurados pela polícia do Amazonas, até ser preso em dezembro passado. Ela e o marido foram condenados em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa. Tio Patinhas cumpre 31 anos no presídio de Tefé (AM). Luciane foi sentenciada a dez anos e recorre em liberdade.
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