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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Oposição conversa com embaixador de Israel e pressiona Itamaraty a reconhecer Hamas como terrorista

Em entrevista à Coluna, Daniel Zonshine disse que “o que aconteceu em Israel merece palavras mais duras do governo”

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Foto do author Augusto Tenório
Atualização:

Após se reunir com o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, deputados da oposição decidiram pressionar o Itamaraty para que a diplomacia brasileira reconheça oficialmente o Hamas como uma organização terrorista.

O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. FOTO: WILTON JUNIOR / ESTADÃO Foto: Wilton Junior/ Estadão 13/12/2022

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O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) coletou 60 assinaturas para uma apresentar ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, uma “indicação”. O documento não tem poder de determinar que o chanceler siga o pedido. Porém, gera um constrangimento ao governo Lula. A indicação já está na mesa da presidência da Câmara, que precisa despachá-la ao Ministério.

Na terça-feira, Daniel Zonshine participou de várias reuniões na Câmara e acompanhou o encaminhamento e votação de moções de repúdio ao terrorismo do Hamas. Ele manifestou o incômodo com as declarações formais do governo brasileiro que não fizeram nenhuma referência ao grupo terrorista.

O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) Foto: Zeca Ribeiro

Em entrevista à Coluna do Estadão, o embaixador afirmou que “o que aconteceu em Israel merece palavras mais duras do governo”, referindo-se aos ataques feitos pelo Hamas nos últimos dias.

A tradição da diplomacia brasileira, porém, é seguir a classificação da ONU para reconhecer ou não um grupo como terrorista. É esse o caso do Estado Islâmico, do Boko Haram e também da Al-Qaeda.

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Marcos Pereira sinaliza que vai despachar a indicação

Presidente em exercício da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP) indicou que não segurar a indicação feita pela oposição. “Óbvio que ao chegar e se chegar nas minhas mãos na minha presidência interina eu despacharei - se estiver tudo certo, regimentalmente falando”, disse o parlamentar à Coluna.

Ele completa: “Jamais cercearei a atividade parlamentar de nenhum deputado, independente da posição ideológica que ele esteja. Agi assim no primeiro biênio da legislatura passada, quando também ocupei o cargo de primeiro vice-presidente”.

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