A oposição ao governo Lula descarta protestos em Brasília para se contrapor ao evento organizado pelo Planalto junto ao Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de marcar um ano dos atos de 8 de janeiro. Sob reserva, lideranças do grupo afirmam que vão se ater à nota de repúdio à solenidade. O documento deve trazer críticas ao STF e justificar a ausência da direita no ato, visto por parlamentares do grupo como “puramente político”.
Um segmento da oposição defende que não deve haver manifestações presenciais para deixar o governo “morrer pela boca”. Eles esperam que o discurso do presidente dê munição para a oposição, que foca em libertar os 66 presos desde os ataques do 8 de janeiro.
A nota de repúdio é assinada por 30 senadores e, em crítica ao STF, afirma que “nenhuma instituição tem o monopólio da defesa da democracia no Brasil”, em referência a uma fala do presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
“Desta forma, ressaltamos que a prática de atos excepcionais por um Poder com a justificativa de proteger a democracia precisa ser urgentemente estancada. O abuso dos poderes e o uso indevido de interpretações de dispositivos constitucionais pode matar a democracia. A volta à normalidade democrática não pode mais esperar”, diz um trecho do documento.
Com a mudança, o Palácio do Planalto também fez um aceno ao Supremo Tribunal Federal (STF), unificando a proposta da solenidade de “aniversário”, feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a uma campanha lançada pela Corte logo após as depredações que tinha o mesmo nome.
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