O senador Marcos Rogério (PL-RO) foi escolhido para assumir a liderança da oposição no Senado a partir desta quarta-feira, 19, quando Rogério Marinho (PL-RN) vai se afastar do cargo por 120 dias com o objetivo de se dedicar às eleições municipais. O mandato de senador será exercido pelo primeiro suplente, Flávio Azevedo (PL).
Rogério Marinho foi ministro do Desenvolvimento Regional de 2020 a 2022, durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Marcos Rogério, nesse período, se aproximou do então presidente após fazer parte da sua “tropa de choque” durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou ações e supostas omissões do governo federal durante a pandemia de Covid-19.
Já no governo Lula, Marcos Rogério continuou alinhado a Bolsonaro. O senador foi relator do projeto que criou o marco temporal das terras indígenas. A proposta foi uma reação da oposição e do agronegócio ao Supremo Tribunal Federal (STF), que retomou o julgamento da tese que só permite a demarcação de novos territórios indígenas nos espaços que estavam ocupados por eles em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.
O projeto tinha posição contrária do presidente Lula, que vetou o texto. Marcos Rogério foi um dos principais articuladores para a derrubada do veto, que ocorreu em dezembro do ano passado. Apesar de não fazer parte da bancada evangélica, o senador também embarcou na ofensiva do grupo para proibir o aborto e participou da polêmica sessão contra a prática, que contou até com encenação de feto em plenário.
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