A oposição ao governo Lula encontrou espaço para avançar sobre o ministro da Justiça, Flávio Dino, um dos objetivos do grupo na CPMI do 8 de janeiro. O deputado Rodrigo Valadares (União-SE) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo investigação sobre prática do crime de supressão de documento, por causa do “sumiço” das gravações de câmeras de segurança do Ministério da Justiça. Como mostrou o Estadão, o ministro enviou ao colegiado imagens de apenas quatro câmeras, a despeito de a estrutura contar com 185.
Na ocasião, Flávio Dino justificou a falta de gravações alegando que o sistema do Palácio da Justiça, que fica ao lado do Congresso Nacional, tem capacidade de armazenamento limitada a menos de 30 dias. Dessa forma, o que foi gravado vai sendo apagado à medida em que imagens mais recentes são armazenadas.
“Se fosse verdadeira, mesmo a desculpa invocada pelo ministro é de todo absurda. A relevância dos acontecimentos havidos naquela ocasião, cujos reflexos se fazem sentir na cena política nacional até a presente data, é mais do que bastante para se justificar a preservação de todos os seus registros”, afirma Valadares na ação.
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