A despeito da tragédia vivida pelo Amazonas há poucos meses, a verba para Prevenção e Controle de Incêndios Florestais nas Áreas Federais Prioritárias, que inclui a Floresta Amazônica encolheu e terá R$ 4 milhões a menos para 2024, como prevê o Orçamento Geral da União aprovado pelo Congresso na sexta-feira, 22. O valor cai de pouco mais de R$ 67 milhões para R$ 62,6 milhões.
O deputado Amom Mandel (Cidadania-AM) critica o relator da proposta, Luiz Carlos Motta (PL-SP). Ele aponta que a retirada de verba afeta um trabalho que garante a qualidade de vida da população. A Coluna procurou o gabinete do relator e não recebeu resposta até o momento.
“O que vivenciamos esse ano com as consequências das mudanças climáticas não foi o suficiente? Sabemos que esse foi só o início, ano que vem o El Niño continuará atuando, principalmente nos estados do Norte, mas teremos um agravante: uma quantidade maior de áreas degradadas. Isso é um indicativo para que tenhamos incêndios mais intensos. Por isso é tão importante darmos as verbas nas dimensões corretas”, afirma o deputado.
Entre setembro e novembro, uma nuvem de fumaça proveniente de queimadas que encobriu o Amazonas e chegou a forçar a população a retomar o uso de máscaras, proteção comum durante a pandemia de covid-19. A situação foi agravada porque os amazonenses viveram, neste ano, a maior seca em 121 anos, o que levou à interrupção do transporte fluvial.
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