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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Os motivos de Lewandowski para aceitar ou recusar convite de Lula para o Ministério da Justiça

Aliados ouvidos pela Coluna durante festa do Prerrogativas dizem que presidente deve chamar ex-ministro para reunião nesta sexta, mas apontam razões que podem atrapalhar a indicação

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Atualização:

A expectativa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chame o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski para uma conversa nesta sexta-feira, 8, foi o tema principal nas rodas de convidados da festa do Prerrogativas, nessa quinta, em São Paulo. Entre os petistas a aposta é de que ele não terá como “resistir” a um convite de Lula para assumir o Ministério da Justiça. Os mais próximos do ex-ministro do STF, porém, ponderavam haver motivos para atrapalhar a aceitação.

Por exemplo, a família de Lewandowski rejeita a ideia de ele ir para o Ministério. Além disso, o próprio ex-presidente do STF não esconde a satisfação com o sentimento de liberdade, após deixar a Corte, observavam os que têm convívio próximo ao ex-magistrado. E, para completar, no exercício da advocacia, ele assumiu grandes contratos.

O ex-presidente do STF, Ricardo Lewandowski, é cotado para chefiar o Ministério da Justiça Foto: Dida Sampaio/Estadão

Mesmo assim, quem tem contato com Lewandowski diretamente, diz que ele tem espírito público e que se Lula explicar a importância de tê-lo no cargo para recuperar o prestígio do MJ, ele aceitará.

A reunião com o ex-presidente do STF ainda não está prevista na agenda de Lula.

Marco Aurélio Carvalho amplia apoio para MJ caso Lewandowski não aceite convite

Outra aposta que teve eco em todos os cantos da festa do Prerrogativas foi de que o advogado Marco Aurélio Carvalho ganhará força para uma eventual indicação ao MJ, se Lewandowski não quiser o cargo. O coordenador do Prerrô, porém, diz que apoia a escolha do ex-presidente do STF e evita se colocar diretamente numa disputa pelo cargo.

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O advogado Marco Aurélio Carvalho, coordenador do Prerrogativas, diz apoiar o nome de Lewandowski para o Ministério da Justiça Foto: Alice Vergueiro

A festa do grupo Prerrogativas teve 760 convidados, show ao vivo da cantora Alcione, muito paetê nas roupas dos presentes, e um serviço de coquetel farto. Vinhos tinto e branco, drinks variados e cerveja.

O principal convidado da festa, o presidente Lula, não compareceu, por estar voltando de viagem internacional. Foi representado, ao lado da primeira-dama Janja, numa imagem de papelão logo na recepção dos convidados. E o líder só governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), foi anunciado como seu representante no evento, afastando, portanto, qualquer especulação de que há algum mal-estar do Planalto ou dos petistas com ele, por ter votado a favor da PEC que limita poderes de ministros do STF.

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, arriscou um dueto com Alcione durante festa do Prerrogativas Foto: Divulgação/Kakay

Ministros do governo Lula, como Jorge Messias (Advocacia Geral da União) e Vinicius de Carvalho (Controladoria-Geral da União), também compareceram. No clima de descontração, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, arriscou um dueto com Alcione. E não faltaram brincadeiras com o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) que arriscava uns passos de samba a dois.

O Prerrô reúne advogados ligados ao PT e surgiu para defender os direitos dos profissionais em relação às decisões classificadas por eles como arbitrárias no âmbito da Operação Lava Jato e da atuação do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União-PR).

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