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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia

Os quatro motivos que a executiva do União aponta para expulsar Bivar

Após incêndio atingir casa de adversário, atual presidente do partido deve ser afastado do cargo

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Foto do author Augusto Tenório
Foto do author Roseann Kennedy
Atualização:

A ala majoritária do União Brasil aponta quatro motivos para solicitar a expulsão do presidente do partido, o deputado Luciano Bivar (PE). O grupo se reúne nesta quarta-feira, 13, após o atual vice-presidente da legenda, Antônio de Rueda, que foi eleito presidente e assume o comando da sigla em maio, ter duas casas incendiadas em Pernambuco, como adiantou a Coluna do Estadão. Ele afirma que Bivar o ameaçou quando em meio à disputa pela chefia. Procurado, o parlamentar não se manifestou.

Os motivos apontados na representação contra Bivar, protocolada pela ala do União ligada a Rueda, são:

  • Ofensas e ameaças. Alegam que Bivar ameaçou de morte o vice-presidente e seus familiares, inclusive sua filha de 12 anos);
  • indícios de motivação política criminosa nos incêndios que destruíram as casas do vice-presidente e da tesoureira do partido, Maria Emília Rueda;
  • violência política contra mulher;
  • validação de cartas de desfiliação de seis deputados do União Brasil do Rio de Janeiro sem submeter à decisão colegiada do partido e mesmo após parecer do Ministério Público Eleitoral em processo judicial que tramita no Tribunal Superior Eleitoral contrário à desfiliação.

A representação tem pedido cautelar de afastamento da função e expulsão com cancelamento de filiação de Bivar. O grupo alega que o presidente feriu o estatuto e o código de ética, fidelidade e disciplina partidárias do União Brasil. Mas a disputa parece longe de um ponto final.

O deputado federal Luciano Bivar é o presidente do União Brasil, que nasceu da fusão entre DEM e PSL. Foto: Dida Sampaio / Estadão

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De acordo com o estatuto, a cautelar precisa de voto favorável de 3/5 da executiva para ser reconhecida. Após decisão de recebimento da representação, o secretário-geral do partido, Antônio Carlos Magalhães Neto (ACM Neto), deve abrir prazo de 72 horas para manifestação do representado.

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Após definição sobre as penalidades requeridas pela representação, o representado terá novo prazo para defesa, de cinco dias. Depois, há prazo de até 60 dias para que o partido publique sua decisão final.

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