O remédio que se tornou “queridinho” dos políticos em Brasília pode ficar mais difícil de comprar. Três deputados federais tomaram medidas que visam a aumentar o rigor para venda nas farmácias de medicamentos à base de semaglutida, como o Ozempic e o Wegovy, que têm sido amplamente utilizado no País para emagrecimento.
Os deputados Eduardo Bismarck (PDT-CE) e Neto Carleto (PP-BA) pediram à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que o medicamento seja incluído na lista de controle sanitário especial. Essa classe de remédios exige a retenção da receita com os dados do paciente para a venda. O deputado Fábio Teruel (MDB-SP) apresentou um projeto de lei com o mesmo objetivo. Hoje, é possível comprar Ozempic nas farmácias sem prescrição médica.
Estão inscritos no regime de controle sanitário especial medicamentos que podem causar dependência física ou emocional, como psicotrópicos. Na última segunda-feira, 16, a Anvisa emitiu um alerta sobre o risco de usar drogas do tipo “agonistas GLP-1″ antes de anestesia ou sedação profunda.
O alerta da Anvisa foi aos seguintes medicamentos: semaglutida (Ozempic, Rybelsus, Wegovy), liraglutida (Saxenda, Victoza), liraglutida + insulina degludeca (Xultophy), lixisenatida (Soliqua), tirzepatida (Mounjaro) e dulaglutida (Trulicity).
“A Agência alerta para o risco de aspiração e pneumonia associado ao uso desses medicamentos em procedimentos de anestesia ou sedação profunda, devido a sua ação no retardamento do esvaziamento gástrico. A aspiração e a pneumonia por aspiração podem ser causadas pela inalação acidental de alimentos ou líquidos para uma via respiratória ou pode ainda ocorrer quando o conteúdo do estômago volta para a garganta”, disse a Anvisa, em nota.
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