O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), quer encerrar o semestre com votações para ajudar o governo Lula na área econômica. O objetivo é passar um recado claro ao Banco Central e reforçar a pressão pela redução dos juros com o cenário fiscal “arrumado”, sem precisar fazer críticas diretas ao presidente da autarquia, Roberto Campos Neto. Até porque o palco do “bate-boca” sobre a taxa Selic já está montado para o dia da sabatina de Gabriel Galípolo, indicado para a diretoria de Política Monetária do BC.
O foco dos parlamentares é garantir ao governo mais entrada de dinheiro em caixa e aprovar pautas defendidas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Uma delas é o projeto de lei que restabelece o voto de qualidade favorável no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). A equipe econômica estima que a medida traga mais de R$ 50 bilhões por ano aos cofres públicos.
A expectativa é que o projeto do Carf seja votado pela Câmara na segunda-feira e siga imediatamente para o Senado. Além disso, há uma articulação em curso pela aprovação de uma nova proposta de repatriação. Será a terceira deste tipo.
“O Brasil precisa crescer e todo o trabalho vai ser nesse sentido. Precisamos buscar novas fontes de receita”, disse o líder do MDB, Eduardo Braga (MBD-AM).
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