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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Paulo Skaf prepara volta à presidência da Fiesp sem resgatar o famoso pato amarelo

Empresário tem apoio consolidado de praticamente a unanimidade dos sindicatos para ser eleito em agosto de 2025 e substituir Josué Gomes a partir de janeiro de 2026; procurado ele não comentou

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O empresário Paulo Skaf está a um passo de garantir sua volta ao comando da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O apoio a sua candidatura em 2025 está consolidado, inclusive com chances de conquistar unanimidade dos sindicatos que têm voto direto na instituição. Mas um dos símbolos de sua gestão anterior não deverá acompanhá-lo. Segundo apurou a Coluna do Estadão, a princípio o pato amarelo da Fiesp não será resgatado.

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O famoso boneco inflável com 5 metros de altura foi o símbolo da campanha “Não vou pagar o pato”, lançada em setembro de 2015 contra o aumento da carga tributária e a volta da CPMF. Um ano depois, o mascote virou marca também do apoio da Fiesp ao impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT).

Apesar de a volta de Skaf provocar expectativas de um tom mais crítico da mais poderosa entidade patronal do País em relação ao atual governo, não há intenção de gerar animosidades ou polêmicas desnecessárias, garantem entusiastas da campanha. Segundo apoiadores, o foco será o fortalecimento dos sindicatos empresariais.

O pato inflável exposto na sede da Fiesp em São Paulo Foto: Felipe Rau/Estadão

O atual presidente da Fiesp, Josué Gomes, avisou desde o início de sua gestão que não concorreria à reeleição. À frente do órgão ele enfrentou desgastes, entre outros motivos por sua proximidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sindicatos patronais até tentaram uma articulação para destitui-lo do cargo no início de 2023, reclamando que o presidente da Fiesp era distante da entidade e dos pleitos de interesse setorial.

Agora a campanha de Skaf tem apoio de 115 dos 120 sindicatos. Deve ser formalizada entre março e abril. A eleição será em agosto e a posse do novo presidente está prevista para janeiro de 2026.

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