Sem a presença do presidente Arthur Lira (PP-AL) e dos vices Marcos Pereira (Republicanos-SP) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), a Câmara foi representada pela deputada Maria do Rosário (PT-RS), 2ª secretária da Casa, no ato que marca os dois anos dos ataques golpistas de 8 de janeiro. Como mostrou a Coluna do Estadão, integrantes do Congresso consideram que a realização da cerimônia no Palácio do Planalto - e não no Legislativo como no ano passado - mostra que a cerimônia foi politizada pelo governo.
A ausência das quatro principais autoridades da Câmara no evento desta quarta-feira, 8 - o 1º secretário, Luciano Bivar (União-PE), também não compareceu - é mais um sinal da divisão que o ato do Planalto gerou no Congresso. Sem membros da Mesa Diretora de siglas como PP, Republicanos e União Brasil, que integram a Esplanada dos Ministérios, coube a uma correligionária do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursar em nome dos deputados.
“Renova-se a esperança quando esse Palácio do Planalto tem novamente as obras de arte restauradas e entregues, não ao Palácio, mas à nação”, disse Maria do Rosário, em referência a objetos danificados na invasão dos prédios dos três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, que foram reapresentados hoje.
O Senado, por sua vez, foi representado pelo vice Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), com a ausência do presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), falou em nome do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, que também faltou à cerimônia.
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