Horas após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcar para a Colômbia, onde cumpre agenda oficial pelos próximos dois dias, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, chegou ao Senado para um giro de conversas com seus antigos pares. De acordo com um aliado, é uma visita de cortesia. Na noite desta terça-feira, 16, Prates foi ao plenário cumprimentar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Numa demonstração de apoio político, passou por um beija-mão no plenário da Casa.
Após um processo de fritura intenso, que ameaçou sua permanência no cargo, o presidente da estatal conseguiu sobrevida com o apoio de líderes de partidos aliados ao Palácio do Planalto. Na ocasião, Pacheco foi procurado por líderes governistas do PT, PSD, PSB, MDB e União Brasil, e intercedeu junto ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para frear a briga. Parlamentares lembraram a Pacheco que Prates também foi senador, e seria vítima de disputas dentro do governo que não dizem respeito à Petrobras.
O imbróglio sobre a presidência da Petrobras envolve uma disputa entre Prates e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em relação aos rumos da companhia, divisão de dividendos e desentendimentos sobre o projeto Combustível do Futuro, como revelado.
Por enquanto, não há previsão de agenda do presidente da Petrobras com Lula. Prates até tentou o encontro na semana em que enfrentou a temperatura mais alta da crise e viu seu nome circular como demissionário, mas não foi recebido.
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