A bancada do PL está reunida neste momento, na Câmara dos Deputados, e tenta fechar questão contra a reforma tributária, que é vista pelo governo Lula como uma ‘bala de prata’ para a retomada econômica. O que o partido ignora é que o interesse dos Estados pesa muito mais nessa pauta do que a disputa entre oposição e governo.
Mesmo assim, a legenda de Valdemar Costa Neto, busca seguir a ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi às redes sociais desqualificar a proposta de reforma tributária e fazer campanha contra a aprovação. O PL até divulgou nota assinada por Bolsonaro informando que encaminhará “pela rejeição total” ao texto. A questão é o que será feito com os deputados que se recusarem a seguir a orientação.
Por décadas, as propostas de reforma se arrastam em debates no Congresso. O impasse na votação de textos mais robustos sempre se deu por brigas regionais e a mudança do sistema ocorreu em tímidas mudanças, em temas fatiados.
Um dos maiores exemplos de briga estadual que impediu a votação da tributária foi a discussão sobre a cobrança do ICMS na origem ou no destino. Desta vez, esse tema está pacificado, mas há outros pontos que contrapõem grandes estados produtores e geram uma força oposicionista ao texto, capitaneada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), junto a governadores do Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
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