O senador Romário (PL-RJ) deve ser alvo de uma representação no conselho de ética do PL após declarar apoio à reeleição de Eduardo Paes (PSD) no Rio de Janeiro e à eleição de Rodrigo Neves (PDT) em Niterói. No limite, o ex-jogador de futebol pode ser expulso da sigla. Procurado, ele não se manifestou.
O posicionamento de Romário feriu uma resolução do partido que proíbe parlamentares de apoiar candidatos de outras coligações em eleições majoritárias das quais o PL tenha um nome. No Rio, o PL lançou o candidato a prefeito Alexandre Ramagem; em Niterói, o candidato é Carlos Jordy. Os dois são deputados federais e muito ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com a resolução administrativa nº7 do PL, o detentor de mandato que apoiar um candidato de outra coligação está sujeito às sanções do conselho de ética, que podem ser, inclusive, a expulsão. Só é preciso que um filiado notifique o órgão interno, o que tende a ocorrer nas próximas horas.
Romário e o bolsonarismo estão em rota de colisão há tempos. Eduardo Paes convidou o senador a se filiar ao PSD, hoje maior partido na Casa. Diferentemente dos deputados, senadores podem trocar de partido a qualquer momento sem perder o mandato.
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