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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Por que aliados de Lula têm ‘pé-atrás’ com possibilidade de Hugo Motta presidir a Câmara

Proximidade com Ciro Nogueira e com o ex-deputado Eduardo Cunha incomoda os petistas, além do fato de ele ter votado pelo impeachment de Dilma Rousseff; procurado, Motta não comentou

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Foto do author Iander Porcella

Apesar de ser considerado um candidato de consenso à presidência da Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) enfrenta algumas resistências entre aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo apurou o Broadcast Político/Coluna do Estadão, a principal delas é sua relação próxima ao presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), que tem feito oposição ferrenha ao atual governo. Aliado de Lula no passado, Ciro Nogueira deu uma guinada à direita ao virar ministro da Casa Civil na gestão Jair Bolsonaro.

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Não para por aí. Motta votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016. Na época, ele era do mesmo partido e aliado do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, considerado o algoz da petista no processo de cassação. Procurado, Hugo Motta não comentou. Ou seja, os governistas argumentam não acreditar em fidelidade ao Planalto, o que poderia dificultar o andamento de pautas do governo no Congresso.

Motta entrou de fato na corrida pelo comando da Câmara nas últimas 24 horas e já se reuniu com o presidente Lula nesta quarta-feira, 4, na tentativa de afastar quaisquer entraves ao seu nome.

O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, desistiu de concorrer ao comando da Câmara em 2025, para tentar viabilizar o apoio do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) à campanha de Motta. Os deputados Elmar Nascimento (União-BA) e Antônio Brito (PSD-BA), entretanto, resistem a abandonar suas candidaturas.

Deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) Foto: Paulo Sérgio/Agência Câmara - 23/11/22
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