Ver a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como favorita para substituir o marido na corrida presidencial de 2026, como mostrou a pesquisa Genial/Quaest nesta segunda-feira, 13, anima o PL. Porém, isso ocorre mais pela chance de fortalecer a presidente do PL Mulher como cabo eleitoral do que propriamente para lançá-la ao Planalto.
Interlocutores da sigla ressaltam que é importante mantê-la em evidência, mas, por ora, o partido evita euforia com os dados. Por três motivos: o primeiro é manter o foco na eleição municipal. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, por exemplo, concentra 80% da agenda em articulações para eleger o maior número de prefeitos. Em segundo lugar, Jair Bolsonaro, que está inelegível, ainda não desistiu de ser candidato. Por fim, independentemente de números, é ele quem vai decidir seu herdeiro político.
Na pesquisa Genial/Quaest, Michelle é apontada como melhor opção por 28% dos eleitores. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aparece com 24%. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais, há um empate técnico. O nível de confiança é de 95%.Foram feitas 2.045 entrevistas presenciais, de 2 e 6 de maio.
Além de Michelle e Tarcísio, a pesquisa mediu também os nomes do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), citado por 10% dos eleitores; do de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), apontado por 7%; e o do de Goiás, Ronaldo Caiado (União); escolhido por 5%. Os que não souberam ou não responderam a essa questão são 26%.
Se considerados apenas os eleitores de Bolsonaro, o nome de Michelle tem vantagem maior em relação ao de Tarcísio. Entre esses, são 41% os que citam a ex-primeira-dama como opção, enquanto 33% citam Tarcísio. Ratinho foi apontado por 7%. Caiado e Zema, por 5%.
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