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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer

Por que o PT ainda não anunciou apoio a Alcolumbre no Senado

Pedido de reunião com Lula, resistências internas e negociação de espaços na Mesa Diretora adiam anúncio do partido sobre a sucessão de Rodrigo Pacheco

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Foto do author Eduardo Gayer
Atualização:

BRASÍLIA – Após aderir à candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara, o PT está nos ajustes finais para anunciar o apoio à eleição de Davi Alcolumbre (União-AP) ao comando do Senado. Motta e Alcolumbre articulam um amplo leque de alianças, e devem chegar à linha sucessória da Presidência da República com suporte do PT ao PL.

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Alguns entraves, contudo, adiaram o anúncio do PT, que foi cogitado para a semana passada. Segundo apurou a Coluna do Estadão, a bancada no Senado pediu ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes de abraçar Alcolumbre publicamente.

Nessa reunião, os mais entusiastas vão defender a Lula que o PT não pode chegar atrasado na campanha. Integra esse “time” o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), que também é do Amapá e quer ser candidato à reeleição em 2026 com apoio de Alcolumbre.

Petistas mais cautelosos, contudo, vão defender mais negociações para tentar melhorar o espaço do partido na disputa interna. Na semana passada, a bancada recebeu o candidato à sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e ganhou a promessa de comandar duas comissões no Senado. A oferta foi criticada por essa ala do PT, que aspirava a vice-presidência da Casa. O posto deve ficar com o PL.

Os senadores Davi Alcolumbre (União-AP) e Jaques Wagner (PT-BA). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

De acordo com relatos, a bancada do PT também ouviu que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa, deve ficar com Pacheco, caso ele não seja alçado à Esplanada dos Ministérios. Na prática, Pacheco e Alcolumbre, atual presidente do colegiado, apenas trocariam de lugar, em uma dobradinha criticada nos bastidores do PT.

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Ainda assim, o endosso do partido de Lula é considerado iminente. Embora mais próxima do governo, Eliziane Gama (PSD-MA), que também é candidata à presidência do Senado, é considerada pouco competitiva nas fileiras do PT. Como antecipou a Coluna do Estadão, a bancada do PSD vota nesta terça-feira, 5, a indicação da senadora para concorrer à sucessão de Pacheco. Em 200 anos de história, o Senado nunca teve uma presidente mulher.

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