O clima de Olimpíadas tomou conta até das brincadeiras entre os políticos em Brasília, e deu ao ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), o título de maior corredor da Esplanada dos Ministérios.
O ministro está firme nos treinos, e corre 8 Km durante os dias de semana, e 10 Km nos finais de semana. Mas foi a disparada que deu para minimizar os cortes no orçamento de sua pasta que garantiram a ele a fama de corredor.
Reportagem do Estadão mostrou que os ministérios do governo Lula empenharam R$ 8,8 bilhões em despesas não obrigatórias na última semana antes do congelamento nas contas públicas em 2024. O empenho significa, na prática, que o valor está comprometido e não poderá ser cortado. O Ministério dos Transportes saiu na frente e garantiu R$ 2,4 bilhões em verbas em uma semana, priorizando obras em rodovias e o Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).
A estratégia deu resultado. Havia expectativa em Brasília de que Transportes fosse pasta mais afetada. Mas quem sofreu o maior corte foi o Ministério da Saúde e depois o das Cidades. O decreto com a contenção de despesas, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi publicado na noite desta terça-feira, 30, em edição extra do Diário Oficial da União.
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