O presidente municipal do MDB de São Paulo, Enrico Misasi, disse que é muito cedo para falar em ceder espaço a outros partidos na reforma do secretariado do prefeito Ricardo Nunes, prevista para o início de 2025. Nunes precisa acomodar 11 partidos que o apoiaram na eleição em 35 secretarias. Vagas do segundo escalão também entram na conta.
“O MDB é a tropa de choque do prefeito, tem legítima aspiração de cooperar com o governo e se fortalecer na cidade”, afirmou Misasi à Coluna do Estadão. “É prudente o prefeito pedir um balanço do governo, com prioridades para 2025, antes de decidir o perfil para os cargos”.
O grupo de trabalho que vai avaliar os nomes para compor a equipe do novo mandato de Nunes será comandado pelo secretário de Governo, Edson Aparecido.
Em entrevista ao Estadão, na terça-feira, 29, Nunes disse que pretende definir as mudanças no secretariado em dezembro. Afirmou, ainda, que nomeará pessoas de sua confiança para pastas estratégicas como Saúde e Educação, independentemente de indicações partidárias.
O PL do ex-presidente Jair Bolsonaro tem o vice-prefeito eleito, coronel Mello Araújo, ex-comandante da Rota. Nunes não manifestou intenção de levar secretários para o governo somente por serem ligados a Bolsonaro. “Não tem essa. Pode ser que tenha algum nome pelo perfil técnico”, observou o prefeito, destacando que o ex-presidente também não fez nenhuma indicação até agora.
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