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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Privatização da Sabesp atrai mais de 300 investidores globais na oferta pública

Processo de bookbuilding foi encerrado nessa segunda-feira, 15, e segundo fontes ouvidas pela Coluna do Estadão a demanda pelas ações teria sido em torno de R$ 200 bilhões

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Atualização:

O processo de bookbuilding da oferta pública da Sabesp, encerrado nessa segunda-feira 15, teve mais de 300 investidores participantes, segundo fontes relacionadas à operação, ouvidas pela Coluna do Estadão. Mais da metade foram investidores estrangeiros e a demanda pelas ações teria sido algo em torno de R$ 200 bilhões, em grande parte movida por fundos considerados de investimento em longo prazo.

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Investidores de diferentes perfis, inclusive pessoas físicas, funcionários e aposentados da Sabesp, puderam fazer suas intenções de investimento em 17% das ações da companhia pertencentes ao Governo. O book atingiu a cobertura exigida e superou a previsão inicial.

Representantes do governo avaliam que o roadshow feito dos dias 24 de junho a 5 de julho contribuiu para o resultado, especialmente a atração internacional de investidores. A leitura sobre o valor elevado foi de que os investidores inflaram as ofertas para garantir alocação e, como a demanda foi alta, agora a alocação será disputada.

O Bookbuilding é um processo no qual os investidores indicam a quantidade de papéis que desejam comprar e a que preço. O mecanismo ajuda a determinar o preço final das ações com base na demanda do mercado.

Portanto, agora a oferta vai para a fase de precificação, quando serão apurados o preço e o volume finais registrados. O resultado deve ser anunciado nesta quinta-feira, 18. A liquidação da oferta pública está prevista para 22 de julho.

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Sabesp Foto: Divulgação/Governo de SP

Mais cedo o governo Tarcísio de Freitas informou que a Equatorial Participações e Investimento IV S.A. foi confirmada como investidora estratégica na Sabesp, após cumprir as exigências previstas no prospecto da oferta pública para adquirir o bloco prioritário de 15%, segundo nota da secretaria do governo estadual.

“A Equatorial é uma empresa multi-utilities, com reputação no mercado e capacidade de investimento que certamente auxiliarão para que consigamos atingir os objetivos da desestatização. A conjugação da reconhecida gestão e governança da Equatorial com a expertise de construção e operação no setor de saneamento do qualificado corpo técnico da Sabesp contribuirá com o alcance da universalização, de forma antecipada, levando o serviço para quem hoje não tem acesso”, disse a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende.

Natalia Resende, secretária de infraestrutura do governo de São Paulo Foto: ALEX SILVA/ESTADAO