A entrada do coronel Alexandre Gasparian na pré-campanha de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo foi recebida com revolta no PSOL e com alívio no time do prefeito Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição. Lideranças do PSOL disseram à Coluna do Estadão, sob reserva, que Boulos “extrapolou” ao trazer para o programa de governo o ex-comandante da Rota que caiu do cargo após a chacina de Osasco, em 2015. Esses interlocutores avaliam que a recepção a Gasparian, pensada como aceno à pauta da segurança pública, não trará votos ao pré-candidato.
Na campanha de Nunes, a análise é que Boulos perdeu argumentos para criticar o vice do prefeito, Ricardo Mello Araújo, também ex-comandante da Rota. A decisão foi descrita como um tiro no pé. Procurada, a campanha do PSOL não comentou.
Há uma preocupação na campanha de Boulos sobre a desconfiança da população com seu rigor no combate à criminalidade. Não à toa, o deputado admitiu nos bastidores que seu programa de governo para a área deverá ser mais robusto do que a esquerda costuma apresentar.
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