A homologação da pré-candidatura de Marcelo Ramos (PT) à prefeitura de Manaus, anunciada na segunda-feira, 20, ampliou a crise na federação Brasil da Esperança (PT-PCdoB-PV). Apesar de a legislação obrigar que os partidos de uma federação caminhem juntos nas eleições, o PCdoB ainda insiste na pré-candidatura de Eron Bezerra a prefeito da capital do Amazonas. As legendas também estão em pé de guerra em Aracaju, como mostrou a Coluna do Estadão.
Por orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT pressiona o PCdoB a abrir mão de lançar Bezerra à prefeitura, o que tem causado grande mal estar entre lideranças. Para os petistas, Ramos, ex-vice-presidente da Câmara, é um nome mais competitivo.
A pressão tem crescido a cada dia porque Lula avisou que só vai entrar na pré-campanha em Manaus após a resolução do impasse. Filiado ao PL até 2021, Ramos trocou o PSD pelo PT a pedido do presidente, que busca fortalecer seu partido na região Norte do País.
Além disso, a demora na definição favorece os adversários, avaliam petistas. O atual prefeito, David Almeida (Avante), e o deputado federal Amom Mandel (Cidadania) consolidaram a lideranças nas pesquisas de intenção de voto. Os dois estão tecnicamente empatados, com 30% e 27%, respectivamente, de acordo com pesquisa Quaest.
Em terceiro lugar, segundo o mesmo levantamento, vem o Capitão Alberto Neto (PL), com 15%. Ramos está em empate técnico com Roberto Cidade (União), ambos com 8%. O nome do pré-candidato do PCdoB, Eron Bezerra, sequer foi avaliado na pesquisa.
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