Após as negociações em torno da PEC da Transição emperrarem, petistas passaram a analisar a possibilidade de tomar como atalho a proposta de Tasso Jereissati (PSDB-CE) para ampliar o Orçamento de 2023. O texto do tucano foi protocolado na quinta (24) e em 24h tinha oito assinaturas de apoio – são necessárias 27. Diferentemente da ideia do PT, a sugestão de Tasso é manter o Bolsa Família sob o teto de gastos e subir o limite em R$ 80 bi no ano que vem, o que é mais palatável aos olhos do mercado. O valor é bem inferior ao pretendido pelo PT (R$ 200 bilhões), mas abre a possibilidade para uma negociação que não acabe travada em meio a pedidos múltiplos de congressistas ávidos por cargos e verbas no futuro governo.
EMISSÁRIO. Senadores petistas combinaram que Wellington Dias (PT-PI) levaria a proposta a Lula neste sábado (26), além de outras opções para garantir o pagamento do Bolsa Família de R$ 600 no ano que vem.
GÊNESE. O alerta no PT de que teria de ceder começou na última terça (24), após diagnóstico de Jaques Wagner à bancada do partido no Senado. A ideia é aproveitar o texto do tucano no mérito, assim como o de Alessandro Vieira (PSDB-SE), para propor um “meio-termo bom para todos”. O intuito é demonstrar que o PT quer aproveitar as sugestões de outras legendas e que respeitará a ideia de frente ampla também no mandato.
AMPLIA. Com isso, a avaliação é que haveria entusiasmo com a proposta, que teria um relator de outro partido que não do PT e seria defendida pelo ministro da Fazenda, a ser anunciado na próxima semana.
Sinais Particulares, por Kleber Sales. Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo
CLICK. Gilberto Kassab, presidente do PSD
Homem forte do governo Tarcísio, ele sorri ao lado de Emídio de Souza (PT), membro do governo de transição de Lula, durante evento do Esfera Brasil no Guarujá.
PRONTO, FALEI! Felicio Ramuth (PSD), vice-governador eleito de SP
“O apoio nunca esteve condicionado a cargos. Se tiver capacidade técnica e ficha limpa, todos podem fazer indicação”, disse, sobre participação do União Brasil na gestão de Tarcísio.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.