A aproximação do advogado Cristiano Zanin com alas mais conservadoras do Congresso foi minimizada por parte do PT. Embora o partido tenha uma pauta progressista, os petistas dizem que, em relação à cadeira do Supremo Tribunal Federal (STF), o que importa é ter a certeza de que o próximo ministro será alguém garantista e contrário à Operação Lava Jato para manter uma maioria com esse viés.
O mesmo entendimento deve valer para a próxima vaga, após a aposentadoria de Rosa Weber. O presidente Lula sinalizou aos evangélicos que deve escolher alguém com perfil parecido ao de Zanin. Em conversa com religiosos, o advogado tem evitado se comprometer com pautas como a legalização do aborto e diz que o tema cabe ao Legislativo.
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No Congresso, integrantes do Centrão veem mais espaço para emplacar um nome mais alinhado ao Legislativo na próxima vaga. Eles consideram que Lula já “gastou” sua indicação pessoal com Zanin, e agora terá que contemplá-los.
Responsável pela sabatina e aprovação do escolhido, o Senado já atua para defender seus favoritos, entre eles o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Outro cotado é o presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas.
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