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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

PT vai insistir no comando da segurança pública mesmo se Dino não for para o STF

Ministro da Justiça sofre fritura e petistas brigam por vaga; veja quem são os cotados

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Mesmo se o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, não for indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF), o PT vai insistir em assumir a Segurança Pública. Desde a transição, uma ala da sigla defende que a área seja separada da Justiça. E, claro, já há briga pela eventual vaga. Como mostrou a Coluna, petistas avisaram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o governo perdeu o debate sobre o tema.

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O coordenador do grupo Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho; a presidente do PT, Gleisi Hoffmann; e o advogado-geral da União, Jorge Messias, têm os nomes ventilados. No fogo amigo contra Dino, os petistas deixam claro que não querem deixar o ministério com o PSB do atual gestor. Consideram que se trata de uma escolha pessoal de Lula.

O presidente da República, porém, terá de confrontar a ambição do PT com a seguinte indagação: como entregar a segurança pública a um representante do partido que governa a Bahia há 16 anos, mesmo Estado que enfrenta ampla crise no setor?

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Foto: Gilson Teixeira/ Divulgação

Realidade da Bahia atrapalha discurso do PT na segurança

Como mostrou o Estadão, a taxa de mortes decorrentes de intervenção policial na Bahia mais que quadruplicaram entre 2015 e 2022, saltando de 2,3 a cada 100 mil habitantes para 10,4. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Nome de Cappelli só aparece em cenário com Dino no Supremo

Mesmo com a pressão petista, o PSB tem seus nomes no caso de Flávio Dino perder o controle da Segurança. O secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, é da sigla, e o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, ligado diretamente ao atual ministro.

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Ricardo Cappelli só entra num cenário se Dino for indicado ao STF. Nesse caso, ele teria apoio do próprio ministro para ocupar o cargo. Cappelli conseguiu ter aproximação de Lula, como mostrou a Coluna, ao ser interventor da segurança pública do Distrito Federal e depois nomeado como interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

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