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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Reforma tributária: Municípios mineradores temem perder 20% da arrecadação

Estudo da UFMG aponta que mudança requer compensação fiscal estimada em R$ 4,1 bilhões ao ano

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Foto do author Augusto Tenório
Atualização:

Estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estima que os municípios mineradores podem perder, em média, 20% da arrecadação com a reforma tributária. O levantamento foi encomendado pela Associação Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig) e obtido com exclusividade pela Coluna do Estadão. Os prefeitos reclamam que o critério de distribuição do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), ao seguir a proporção da população, prejudicará as cidades mineradoras, já que têm um número menor de moradores.

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De acordo com o estudo, a redução dessa receita requer uma compensação fiscal de R$ 4,1 bilhões ao ano, sendo R$ 3,4 bilhões somente para os 30 maiores municípios mineradores. A Amig sugere que a origem dos recursos para essa compensação seja o Fundo de Desenvolvimento Regional, ou a redistribuição do Imposto Seletivo ou aumento da alíquota da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), imposto pago pelas mineradoras.

“Haverá uma brutal redução de receita. As cidades mineradoras ganham uma prosperidade econômica enorme pela mineração, mas há o impacto ambiental, a inflação de alugueis e serviços, o trânsito etc. A boa arrecadação é a única compensação para esses danos. Cortando isso na reforma tributária, os municípios perdem o incentivo para receber esse empreendimento”, explicou à Coluna do Estadão o consultor de Relações Institucionais e Econômicas da Amig, Waldir Salvador.

Operação na unidade Sossego da Vale de mineração de cobre no município de Canaã dos Carajas no Estado do Pará. Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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