Relator da prisão do deputado Chiquinho Brazão (RJ), Darci de Matos (PSD-SC) comunicou a aliados que deve se encontrar com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na manhã desta terça-feira, 09. Ele, que ainda pode participar da reunião de líderes, defende que o plenário da Casa vote se mantém a detenção do parlamentar imediatamente após a votação do parecer na Comissão de Constituição e Justiça, nesta quarta-feira, 10. Brazão foi preso no dia 24 de março, suspeito de mandar matar a vereadora Marielle Franco. Ele nega.
Na última semana, a expectativa dos deputados era analisar o caso na CCJ nesta terça para que, no dia seguinte, o plenário tivesse tempo de votá-lo. A presidente da comissão, Caroline de Toni (PL-SC), pretende encerrar a votação até o fim da tarde. A leitura nos bastidores é que, caso a análise não ocorra no plenário na quarta, não haverá quórum para votação na quinta, quando os parlamentares começam a deixar Brasília e voltam para as suas bases eleitorais.
Como revelou a Coluna do Estadão, o Centrão teme abrir precedente sobre prisão preventiva e se organiza para esvaziar a sessão. Caso não haja 257 votos favoráveis à manutenção da detenção, Brazão será solto. Caberá a Lira decidir se e quando pautar a matéria em Senado.
Darci de Matos apresentou parecer favorável a manter Brazão detido. A análise do caso começou no dia 26 de março na CCJ, mas foi adiada por um pedido de vista do partido Novo. O deputado participou por videoconferência, a partir do presídio da Papuda em Brasília, e disse que tinha um “ótimo relacionamento” com Marielle na Câmara Municipal da capital fluminense.
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