Independentemente do resultado da eleição para a presidência do Senado nesta quarta (1.º), Rogério Marinho (PL-RN) se cacifou como um dos nomes que devem liderar a oposição ao governo Lula. Ele concorre com quem já vinha tentando assumir esse espaço, como Carlos Portinho (PL-RJ), ex-líder do governo Bolsonaro, e com novatos, como Sérgio Moro (União-PR) e Tereza Cristina (PP-MS).
A dúvida entre senadores, porém, é sobre qual Marinho vai prevalecer: se o alinhado aos radicais bolsonaristas, apostando no confronto institucional, ou se mais próximo do Centrão do “PL raiz”. Tanto adversários quanto colegas de partido observam que nem na própria sigla ele terá 100% dos votos, o que mais denota a divisão da legenda no Senado.
Adversários creem que podem conquistar dois senadores do PL, considerados moderados, graças ao voto secreto. A forte mobilização nas redes sociais, uma das marcas do bolsonarismo, tende a permanecer na nova oposição a Lula. Os aliados de Marinho avaliam que a tática funcionou e que vai ajudar a pressionar o governo a dialogar com os oposicionistas.
Na véspera da eleição, as previsões de votos no Senado variavam nas duas campanhas. Aliados de Pacheco estimavam que ele teria de 48 a 55 votos. Já os de Marinho diziam que ele teria 44.
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