Tão logo a indicação de Cristiano Zanin chegue ao Senado, ficará nas mãos de Davi Alcolumbre (União-AP) marcar a sabatina. Mas, o ritmo de trabalho do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) preocupa governistas. Alcolumbre presidiu apenas seis das 12 reuniões do colegiado neste ano.
Como mostrou a Coluna, Lula comunicou a alguns ministros do Supremo, na última sexta, que pretende oficializar a indicação à Corte nesta semana.
Aliados de Alcolumbre e do governo consideram pouco provável que a situação que ocorreu com o ministro André Mendonça se repita. Na época, o presidente da CCJ segurou a sabatina por quatro meses.
Ainda assim, o andamento da CCJ é visto como um indicativo de que a sabatina do escolhido por Lula pode não ter a celeridade esperada pelo Planalto. Mesmo pessoas ligadas ao presidente da comissão não garantem pressa por parte do senador amapaense.
A situação se complicada ainda mais no momento em que Alcolumbre pressiona o governo a liberar a autorização para a exploração de petróleo no Amapá, seu Estado, pedido que foi vetado pelo Ibama há alguns dias. Ao Estadão, nesta segunda-feira, o parlamentar também ironizou a permanência de Marina Silva (Meio Ambiente) no governo.
Do total de reuniões da comissão neste ano, apenas seis foram sessões deliberativas, ou seja, destinadas a votações. Das outras seis audiências, duas delas ocorreram em conjunto com outros colegiados.
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