Um dos políticos mais poderosos de Minas Gerais, o secretário estadual da Casa Civil Marcelo Aro (PP) só vai se posicionar na eleição municipal de Belo Horizonte após o afunilamento da disputa, hoje pulverizada. O apoio da família Aro — que controla um quarto da Câmara de vereadores local — é disputado entre os grupos políticos mineiros, e nem mesmo o governador Romeu Zema (Novo), seu chefe e aliado, tem a garantia de apoio a pré-candidata Luísa Barreto (Novo).
A aposta em Belo Horizonte é que algumas pré-candidaturas ainda serão retiradas. Como mostrou a Coluna do Estadão, o PT local ainda tenta construir uma frente ampla de esquerda, o que pode nacionalizar a disputa na capital mineira. “O cenário ainda está muito incerto”, afirmou Aro à Coluna do Estadão, sem revelar quem deve levar o apoio do PP do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em Belo Horizonte.
Pesquisa Quaest divulgada nesta terça-feira mostra o apresentador Mauro Tramonte (Republicanos) na liderança isolada, com 25% das intenções de voto. O segundo pelotão, na margem de erro, está empatado. Bruno Engler (PL) e João Leite (PSDB) têm 11% cada, enquanto Duda Salabert (PDT), Carlos Viana (Podemos) e o prefeito Fuad Noman (PSD) marcam 9%. O pré-candidato Rogério Correia (PT), apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem 6%.
Aro chegou a controlar cargos na prefeitura de Belo Horizonte, mas seus indicados foram exonerados neste ano. O prefeito Fuad Noman (PSD) tentou manter o acordo com o secretário de Zema, mas o PSD local pressionou por um distanciamento de Aro. Para dirigentes do partido, o chefe da Casa Civil estadual acabava fortalecido pela prefeitura enquanto é adversário do PSD a nível estadual.
Em 2026, Aro deve enfrentar na disputa pelo Senado o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), que é presidente do PSD de Minas Gerais. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), também defendeu a saída dos indicados do secretário de Zema.
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