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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Segurança de ato de dois anos do 8/1 teve militares em cima do Palácio da Justiça

Ato de dois anos dos ataques golpistas começou no Planalto e terminou na Praça dos Três Poderes com Lula e autoridades; em 2023, Exército permitiu acampamento golpista em área militar e pôs blindados após destruição

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Foto do author Eduardo Barretto

A segurança para o ato dos dois anos do 8 de Janeiro, na quarta-feira, 8, incluiu militares do Exército no terraço do Palácio da Justiça. Toda a Esplanada dos Ministérios foi fechada para o evento, que começou no Palácio do Planalto e terminou com o presidente Lula e autoridades na Praça dos Três Poderes.

O Exército designou três militares para monitorar a região do Palácio da Justiça, que fica ao lado do Planalto. Também orientou que os servidores do Ministério da Justiça deixassem todas as janelas do prédio fechadas e as persianas abertas, para facilitar a observação da rua. Todos os ministérios foram incluídos no esquema de segurança.

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa de evento em lembrança aos dois anos dos atos golpistas do 8 de Janeiro praticados por apoiadores do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) que destruíram as sedes dos três Poderes Foto: WILTON JUNIOR

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No 8 de janeiro de 2023, por outro lado, os cuidados com a segurança foram mínimos. Manifestantes golpistas acampados em frente ao Quartel-General do Exército foram escoltados pela Polícia Militar do DF até o Congresso. Os bolsonaristas invadiram e depredaram, sem resistência, as sedes dos Três Poderes. Durante um mês, o Exército havia permitido que o grupo acampasse na área militar, o que é proibido.

Depois do cenário de devastação deixado pelos radicais no Congresso, Planalto e STF, a Força colocou blindados em seu QG na noite do 8 de janeiro. A medida impediu que policiais entrassem no Setor Militar para prender os responsáveis pelos atos extremistas. Até hoje, o Exército mantém sigilo sobre quem deu a ordem para pôr os blindados na rua, descumprindo uma decisão da Controladoria-Geral da União.

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